Graduado pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, fez residência médica no Hospital COT-Martagão Gesteira, Dr. Eduardo Clemente é especialista em ombro e cotovelo pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, e em oncologia ortopédica pelo Hospital Santa Izabel, Bahia. O médico é membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT, da sociedade Latino-Americana de Tumores Músculo-esqueléticas, da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo e da American Academy of Orthopaedic Surgeons (AAOS).
Saiba mais sobre a sua saúde.
O ombro e o cotovelo são articulações particularmente solicitadas não somente no dia-a-dia normal, mas também na vida desportiva ou profissional. As causas de dor no ombro e cotovelo podem ser um traumatismo ou simplesmente o envelhecimento da articulação. O traumatismo pode resultar de um acidente desportivo, movimento de lançamento ou uma queda. O envelhecimento e o “desgaste no ombro e no cotovelo são também causas de dor. Quaisquer que sejam as razões dessa dor, a artroscopia é atualmente um dos melhores métodos, não apenas para o diagnóstico, mas também para o tratamento de determinadas patologias. O princípio da artroscopia é de explorar o interior da articulação através de pequenas incisões na pele e de permitir também certos tratamentos com o uso de instrumentos adaptados.
Artroscopia de Ombro
O artroscópio: é um instrumento que é usado para observar o interior da articulação – o seu diâmetro não excede os 5 mm. É composto por um sistema de fibras ópticas que conduzem luz para dentro de articulação e de um sistema de lentes que permitem explorar todos os compartimentos do ombro e do cotovelo. Uma câmara é fixa à extremidade desse artroscópio e oferece ao cirurgião a possibilidade de visualizar o interior do ombro e do cotovelo num monitor de TV.
As estruturas a observar são várias, o tendão da longa porção do bíceps, os tendões do manguito dos rotadores, a cápsula e o “labrum”, que são as estruturas ligamentares que amortecem os movimentos do ombro, e a cartilagem das superfícies articulares do úmero e da glenóide (omoplata). No cotovelo visualiza-se a cabeça do radio, o processo coronóide, a sinóvia, a cápsula e ligamentos.
Procedimentos cirúrgicos mais frequentes
Artroscopia dos Ombros
Artroscopia do Cotovelo
Artroscopia do Cotovelo
A tendinite calcária é uma patologia caracterizada pelo depósito de cálcio (cristais de apatia) dentro dos músculos do manguito rotador (conjunto de 4 músculos que se inserem na cabeça do úmero formando uma articulação à prova d´água).
Por quê forma-se cálcio dentro do cálculo e após um período variável ocorre a reabsorção pelo organismo. Segundo alguns autores parece haver uma disposição genética na gênese da patologia. Não há qualquer relação … no ombro.
Quadro clínico
Ocorre com maior frequência entre 35 e 55 anos. Duas fases clínicas são observadas na evolução da tendinite calcificante, porém, sem limites precisos entre elas e sem fator desencadeante de transformação de uma fase para outra. Uma característica desta evolução é que o período crônico desta patologia precede a fase aguda. A fase crônica é correspondente ao período de formação, onde o paciente apresenta dores de leve intensidade, sendo um achado radiográfico na maioria das vezes. Com o início do período de reabsorção desenvolve-se o quadro agudo da patologia com a presença de dor de forte intensidade e limitação funcional, como resultado do processo inflamatório local, se assemelhando a um “furúnculo químico” como descrito por Moseley em 1963. Não raro, ocorre reabsorção espontânea da lesão.
Tratamento
O tratamento conservador é a escolha inicial, objetivando através de medidas analgésicas medicamentosas e fisioterápicas, a manutenção de um ombro indolor, com uma amplitude de movimento normal, esperando a auto resolução do processo e evitando o desenvolvimento de um ombro rígido. A taca de sucesso alcançada com tais medidas varia entre 80 e 90% dos casos.
O tratamento cirúrgico é a exceção, tendo três indicações básicas: a) um aumento progressivo dos sintomas; b) os mesmos estejam interferindo com a vida diária e; c) que não ocorra melhora significativa do quadro com o tratamento conservador. A ressecção artoscópica é a sua forma de escolha pela precocidade na reabilitação e menor lesão anatômica, porém não é necessário a resseção completa da lesão nem a associação com a acromioplastia na maioria dos casos.
O uso de onda de choque extra-corpórea é outra opção de tratamento, porém, com resultados conflitantes na literatura.
Epicondilite lateral, conhecida também como “tennis elbow” (cotovelo de tenista), é um processo inflamatório ou degenerativo das fibras musculares dos extensores que se originam na borda lateral do cotovelo e se inserem no punho e dedos. Atinge indivíduos que realizam trabalho manual intenso, e/ou repetitivo. A faixa etária mais atingida é entre 30 e 55 anos. Pode também se apresentar como EPICONDILITE MEDIAL ou POSTERIOR, respectivamente, a primeira atinge a borda medial do cotovelo (flexo/pronadora), e, a segunda atinge a borda posterior do cotovelo (inserção do tríceps).
O que causa?
Nos mais jovens, ela geralmente é de causa ocupacional, quando exige esforço repetitivo combinado com rotação e stress do cotovelo, como o uso frequente de ferramentas, trabalhadores de linha de montagem, carpintaria, indústria têxtil, cortador de carne, digitação, etc…
Nos menos jovens, esta patologia ocorre pela degeneração do tecido conjuntivo que se origina na estrutura óssea.
Sinais e Sintomas
A área de maior desconforto é geralmente na borda lateral do cotovelo. Essa área é dolorosa à palpação e muitas vezes irradia para o braço. A dor piora com a extensão do cotovelo e pronação do punho. O diagnóstico é clínico, mas os casos mais persistentes podem exigir exames complementares: Raio-X, Ultrassonografia, Eletromiografia e provas laboratoriais.
Tratamento
Geralmente é conservador com o intuito de avalir a dor e o processo inflamatório, bem como a reabilitação. O tratamento inclui:
O osso como qualquer outro tecido vivo do nosso corpo, pode ser a sede de tumores. Quando o paciente procura o médico após perceber o crescimento de uma tumoração, e ouve dele que existe a possibilidade daquela lesão ser um tumor, ocorre uma reação de desespero.
Quando ouve a palavra “tumor”, o paciente e os familiares são tomados por intenso sofrimento, pois a palavra é, para muitos, sinônimo de câncer. Mesmo sem a certeza ou suspeita de um câncer, ao pronunciar a palavra tumor, é como se já estivéssemos condenando o paciente a morte, pois na cabeça dele e de seus familiares só existe a possibilidade de ser um câncer – e isso provavelmente determinará sofrimento, dor e, consequentemente, a morte.
É importante esclarecer que há tumores ósseos benignos, que não são cânceres, e tumores malignos.
Com relação a minha especialidade – oncologia ortopédica – felizmente, a grande maioria dos tumores é de natureza benigna. Somente cerca de 1% das doenças ortopédicas são tumores malignos. Devido a raridade, em muitas situações, quando os pacientes nos procuram, o tumor é confundido com outras lesões às quais estamos acostumados a ver tratar no dia-adia, como fraturas e infecções- nesses casos, ou o diagnóstico não é feito ou demora a ser feito (principalmente pelo fato destes pacientes não serem encaminhados para o médico especialista em oncologia ortopédica).
Com o desenvolvimento atual da medicina e com o advento de novas técnicas de exame para o diagnóstico, especialmente a tomografia computadorizada e a ressonância magnética, os tumores são diagnosticados e tratados de forma mais rápida. Mesmo assim, para a confirmação definitiva da maioria dos tumores, é necessário a realização de exames complementares como a cintilografia óssea (mapeamento de todo o corpo) e biópsia do osso acometido.
De modo geral, os tumores benignos são mais comuns e o tratamento é mais efetivo com a retirada completa de lesão tumoral sem a necessidade de tratamentos complementares. Rádio e quimioterapia são indicadas em geral para tumores malignos. Existem a vários tipos de tumores ósseos e cada um têm sua particularidade. Ou seja, para cada situação, para cada tumor, maligno ou benigno, há um tratamento adequado.
Como é do conhecimento de boa parte das pessoas, o diagnóstico precoce é sempre o melhor caminho para o sucesso do tratamento destes pacientes especiais. E por isso, é sempre necessário a opinião de um especialista na área de Oncologia Ortopédica (Tumores Ósseos).
O manguito dos rotadores é um conjunto de músculos e tendões que envolvem a articulação do ombro, de extrema importância para o seu movimento. Se o seu ombro dói, é possível que se trate de lesão ao nível dessa zona chamada manguito rotador, que pode ter origem num trauma ou no envelhecimento (degeneração) dos tendões. Antigamente essa lesão era denominada de reumatismo e até um tempo atrás de bursite e hoje se sabe que a patologia trata-se na verdade de uma Síndrome do Impacto. Seja qual for a causa, existem soluções para isso.
Os movimentos do ombro são assegurados por potentes músculos: o deltóide, que recobre a superfície do ombro e os músculos do manguito rotador (supra-espinhal+ infra-espinhal+ redondo menor+ subescapular), mais profundos e que têm funções específicas na mobilidade. Uma lesão do manguito rotador justifica o aparecimento de dor no seu ombro.
Investigação
médica (Especialista do ombro):
Antes de qualquer tratamento,
um exame médico permitirá o estado dos tendões do ombro. O exame
compreende um questionário que irá precisar a quanto tempo cursa
com a dor, a sua localização, se tem dor noturna, crepitação
(estalos), perda de força no braço, e se dói quando dorme sobre o
ombro.
Exames com Imagem
Ao exame clínico pode associar-se um estudo radiográfico (Rx), e se necessário uma Ultrassonografia ou Ressonância Magnética do Ombro.
Conservador
O tratamento será conservador e/ou cirúrgico. Em todo o caso, o paciente deverá fazer certos exercícios simples e aprender a movimentar corretamente o seu ombro. Um impacto ligeiro do ombro não obriga necessariamente que seja operado. O tratamento consiste em repouso e mediações como: analgésicos e anti-inflamatórios, por vezes na forma de corticoides, prescritos pelo seu especialista, além de fisioterapia e infiltrações em alguns casos selecionados.
Cirúrgico
Uma intervenção cirurgica pode ser a opção no caso de insucesso do tratamento clínico (conservador). As técnicas disponíveis atualmente permitem esperar bons resultados pós-operatórios, não sendo naturalmente isentas de riscos. “Quem pede a cirurgia não é o médico e nem o paciente e sim o Ombro!”.
Preencha o formulário abaixo e aguarde que entraremos em contato: